Morreu nesta quinta-feira (29), o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, de 86 anos. Após um implante no quadril, ele contraiu uma pneumonia ficando em estado debilitado, não resistindo depois de internado por um mês.
Mineiro de Bambuí, Paolinelli nasceu em 10 de julho de 1936, formado em agronomia em 1959 pela Escola Superior de Agronomia de Lavras (Esal), que depois tornou-se Universidade Federal.
Ex-ministro da Agricultura, de 1974 a 1979, modernizou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), participou do desenvolvimento do Proálcool e incentivou o desenvolvimento econômico no Cerrado.
“O Sistema OCB/MT lamenta profundamente o falecimento de Paolinelli, que foi um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento agrícola de Mato Grosso e de todo Centro-Oeste brasileiro, criando as estruturas de governança que permitiram a revolução agrícola”, disse o presidente do Sistema OCB/MT, Onofre Cezário de Souza Filho.
Paolinelli dizia que o Brasil tem a competitividade que tem no agronegócio graças as cooperativas. E o cooperativismo de Mato Grosso agradece todo empenho de Paolinelli, que confiou no potencial do Cerrado, e que hoje as cooperativas são responsável por mais de 40% da produção agrícola do estado.
Paolinelli dedicou sua vida à procura de soluções para a produção de alimentos e transformou a agricultura brasileira numa grande potência mundial.
O homem que transformou a agricultura brasileira, recebeu em 2006, o World Food Prize, prêmio que equivale ao Nobel da Alimentação e foi indicado para receber o Prêmio Nobel da Paz de 2021. Deixa um grande legado.
O ex-ministro ocupava atualmente a presidência da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), presidente do Instituto Fórum do Futuro e embaixador da Boa Vontade nos temas de Gênero e Juventude Rural do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).