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Quinta-Feira, 28 de Fevereiro de 2019, 09h:12
Brasil é referência em cooperativas de energia renovável
Entrevista com Camila Jap

Assessoria Sistema OCB - Aurélio Prado
Brasília/DF
noticias@ocbmt.coop.br

ENERGIA

Gerente de projetos da DGRV, Camila Jap

Como desenvolver as cooperativas de energia renovável e estimular a criação de novas empresas com este modelo. Este é o foco de interesse de um estudo que acaba de ser publicado pela Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV, na sigla alemã) e que envolveu três países: Brasil, Chile e México. A pesquisa sobre o potencial das cooperativas de energia renovável na América Latina mostrou que a experiência verde-e-amarela tem muito a contribuir com o mundo. O estudo pode ser acessado aqui.
A gerente de projetos da DGRV, Camila Jap, explicou que a troca de experiências entre os três países, com níveis bem diferentes no que diz respeito à operação e regulação de cooperativas de energias renováveis, tem sido muito importante e que, neste contexto, o “Brasil tem tido um grande papel de liderança”.
COMPARATIVO
Um dos pontos altos do trabalho são os quadros comparativos entre os três países. É possível observar, por exemplo, as similaridades e diferenças em relação a temas como política climática, marcos legais no setor energético, políticas e programas para o setor energético e características da Geração Distribuída (GD). Um dos dados mostra que, no Brasil, há nove cooperativas de GD, enquanto o México não possui nenhuma.
Confira, abaixo, a entrevista com a gerente de projetos da DGRV, Camila Jap.
- O que é a DGRV e quais seus principais projetos no Brasil?
A DGRV é a Confederação Alemã das Cooperativas. Ela é a entidade máxima do cooperativismo na Alemanha, representando quase todos os tipos de cooperativas e, também, fazendo a defesa de seus interesses. Além disso, ela tem a possibilidade de fazer auditorias, realizadas junto a todos os tipos de cooperativas.
Aqui no Brasil, a DGRV tem dois projetos. Um deles tem foco nas cooperativas agropecuárias e ocorre nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Espírito Santo. Ele também tem, ainda, a Argentina como componente.
O outro é um projeto estruturado para a América Latina e Caribe. No caso do Brasil, ele foi inserido como um dos países-foco da atuação da DGRV, junto às cooperativas de crédito e de energia renovável.
- Do que trata esse estudo que acaba de ser divulgado?
Esse estudo pretende entender quais os pontos mais importantes para desenvolver as cooperativas de energia renovável e, por isso, fizemos uma mostra em três países com diferentes estágios de desenvolvimento.
O primeiro deles é o Brasil, que já tem uma regulação constituída e conta com cooperativas de geração distribuída em funcionamento. O Chile é o segundo, porque a regulação desse setor, lá, está prestes a ser sancionada, já que o país também possui algumas iniciativas individuais, não formalizadas em cooperativas. E, por último, o México, que não possui nem cooperativas, nem regulação específica, mas apresenta grande potencial para geração distribuída.
- Porque incluir o Brasil no estudo?
Um dos objetivos de colocar o Brasil no escopo do projeto foi para entender o que já foi feito na área de energias renováveis envolvendo cooperativas, quais lições podem ser aproveitadas e o que deve ser melhorado aqui para que, assim, possamos levar essa experiência para outros países. Vale destacar que esse intercâmbio tem sido muito importante para a troca de experiências entre os países, porque, às vezes, pelos pontos fortes ou fracos de algum deles, é possível identificar oportunidades. Neste contexto, o Brasil tem tido um grande papel de liderança e de troca de experiências.
- Considerando as cooperativas brasileiras, poderia nos dizer um pouco do que o estudo mostra?
Em relação às cooperativas brasileiras o estudo mostra que, aqui, elas têm um ambiente bastante favorável, tanto do ponto de vista de regulamentação quanto no que diz respeito ao ambiente cooperativista e, também, nas questões que envolvem viabilidade econômica.
Mostra, também, que, mesmo com as cooperativas de geração distribuída em funcionamento, o país ainda tem muito espaço para esse tipo de empreendimento. Vimos, também, a necessidade de consolidar esse tipo de modelo de negócio e de divulgar as iniciativas para um maior conhecimento do modelo.

 

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