Sexta-Feira, 08 de Outubro de 2021, 15h:11

Cooperativas do Ramo Mineral traçam estratégias para o setor

Dores e oportunidades na pauta

Cooperativas do Ramo Mineral traçam estratégias para o setor

Cooperativas do Ramo Mineral traçam estratégias para o setor

Durante mais de três horas, lideranças das cooperativas do setor mineral de Mato Grosso, pontuaram gargalos e oportunidades, durante o Fórum das Cooperativas do Ramo de Mineração realizado pelo Sistema OCB/MT, no dia 07 de outubro, de forma virtual. Um debate que envolveu 13 cooperativas, que estão registradas hoje na Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso, representantes do Ministério de Minas e Energia, do Sistema OCB Nacional e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso.

O representante das cooperativas de mineração de Mato Grosso e presidente da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso – FECOMIN, Gilson Camboim, começou o debate falando da necessidade e importância da intercooperação das cooperativas do ramo mineral com as cooperativas de crédito e saúde, “uma vez que atualmente os cooperados possuem dificuldades quanto à disponibilização de crédito para suas atividades e meios de saúde a seus trabalhadores”.

O debate contou também com a participação do Analista de Infraestrutura do Ministério de Minas e Energia, Frederico Bedran, que ressaltou a importância da atuação da OCB, OCB/MT e da FECOMIN (Federação das Cooperativas Mineral de Mato Grosso) para a atividade mineral, contribuindo com uma nova visão para a atividade mais técnica e comprometida. Sua palestra foi sobre a ‘Permissão de Lavra Garimpeira – PLG e suas tendências ao Cooperativismo’.

“Sabemos que as cooperativas vêm buscando se regularizar legalmente, porém ainda encontram dificuldades orientativas. Vejo que uma das oportunidades seria a elaboração de um plano piloto de rastreabilidade, por exemplo, desde o momento da extração até a exportação, passando por todos os processos de forma legal. Dessa maneira, o plano demonstraria para o mercado, e também para os próprios players produtores, que é possível implementar a rastreabilidade no segmento”, disse Frederico Bedran.

Cooperativas do Ramo Mineral traçam estratégias para o setor

Fórum das Cooperativas do Ramo de Mineração realizado pelo Sistema OCB/MT, no dia 07 de outubro, de forma virtual

A atuação do Sistema OCB para as cooperativas de mineração, também foi pauta do Fórum. Só este ano, por exemplo, a OCB mapeou 307 normativas publicadas no diário oficial, que podem ter impacto para as cooperativas minerais. O representante da OCB Nacional, Alex Macedo, apresentou o cenário atual das cooperativas do setor mineral, ressaltando que atualmente a outorga da Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) leva em média cerca de 526 dias, que 70% das cooperativas não acessam a crédito, pois atualmente não existe linhas de crédito específicas para o segmento; 90% das cooperativas não acessam política pública, existindo uma insuficiência de políticas públicas para o segmento.

“Acreditamos que os principais desafios para as cooperativas do setor mineral hoje é a necessidade de formalização, o acesso ao crédito, a políticas públicas, capacitação, comercialização, e desenvolvimento sustentável”, pontuou Alex Macedo.

O Fórum também pontuou a necessidade das cooperativas em aderir aos programas de monitoramento do Sescoop/MT, uma tendência buscada por todos os ramos do cooperativismo em Mato Grosso. Entre eles os Programas do Sescoop Nacional como o PAGC (Programa de Acompanhamento da Gestão Cooperativista) e o PDGC (Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas) e os programas do Sescoop/MT, como PGA (Programa de Gestão Assistida), e o PPA (Programa de Participação Assemblear).

O superintendente do Sescoop/MT, Adair Mazzotti, salientou que o Sescoop/MT está atuando na melhoria dos programas de monitoramento existentes hoje e de novas ferramentas e análises que estão sendo trabalhadas para orientar sobretudo a questão da gestão das cooperativas.

O superintendente da OCB/MT, Frederico Azevedo, pontuou que “os processos de monitoramento ofertados pelo Sescoop/MT são importantes para que as cooperativas criem uma lisura em seus balanços, bem como estejam regularizadas em relação às legislações trabalhistas, fiscais e ambientais”. Azevedo também reforçou sobre a importância do registro das cooperativas na OCB/MT, “a fim de aproveitarem uma maior representatividade institucional e política”.

Também foi apresentado o resultado da pesquisa realizada pelo departamento técnico das ‘Dores e Oportunidades’ das cooperativas e a realização de um trabalho para buscar elaborar linhas de crédito específicas de financiamento para o ramo mineral e o mapeamento dos conflitos atuais no ramo mineral, para ser apresentado ao Ministério de Minas e Energia e outros órgãos ligados ao setor de mineração.


Fonte: OCB/MT Principal

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